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Divulgação/Fadenor |
A iniciativa, denominada como Projeto Sendas, é coordenado pelo agrónomo e professor da Unimontes Luiz Henrique Arimura Figueiredo e está englobado dentro do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre) do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) e prevê a recuperação de 75 hectares de mata nativa, 10 hectares de mata ciliar e 0,4 hectares de uma área de empréstimo, depredadas principalmente pelo plantio de eucalipto ou para produção de carvão. O projeto ainda contempla, como forma de recuperar os mananciais hídricos e frear a degradação dos solos, construir cerca de 40 barraginhas e levantar 60 paliçadas para conter 5 voçorocas. Além disso, o projeto produziu um plano de recuperação de todo o parque e ainda irá realizar trabalhos de monitoramento e pesquisa da flora, fauna e solo do local.
O Sendas foi orçado em R$ 2.707.871,96, sendo R$1.449.610,96 como aporte financeiro do FUNBIO e R$ 1.258.261,00 como contrapartida das instituições que compõem a execução do projeto, e vai agora entrar no segundo ano de execução. O primeiro ano contemplou um exaustivo trabalho de mapeamento da área, o estudo das espécies a plantar, a produção das mudas e o plantio de uma primeira área com cerca de 44,4 hectares, totalizando mais de 14.000 mudas. Embora a meta para o primeiro ano ser do plantio de 19.000 mudas, a pandemia, com o isolamento social e encerramento do parque, condicionaram o trabalho. Porém, a estratégia montada por toda a equipe do projeto, atendendo todos os decretos e protocolos locais e estaduais, conseguiu montar uma estratégia que evitasse maiores atrasos nos trabalhos. O plantio das mudas foi realizado por 18 trabalhadores rurais, moradores do entorno do parque, contratados para o efeito.
O segundo ano do projeto, que se inicia agora, prevê a construção das barraginhas e das paliçadas, a produção das mudas e, no final do ano, depois de se iniciar a época de chuva, o plantio da restante área. Além disso, continuará o trabalho de pesquisa e observação de fauna e flora, onde os acadêmicos irão fazer o seu trabalho de pesquisa, fazendo recolha de sementes, coleta de amostras de solo, montagem de câmeras e armadilhas para observação e catalogação de animais, mapeamento com sobrevoo de drone e aquisição de imagens de satélite.
O terceiro, e último, ano do Projeto Sendas será dedicado exclusivamente ao monitoramento do trabalho executado e realização de outras atividades que se detectem e se julguem necessárias.
Ainda em relação a este projeto, é interessante ressaltar que, devido à especificidade e exclusividade das espécies de árvores que povoam a área a recuperar, as mudas, cerca de 38 mil, tiveram que ser praticamente todas produzidas pelo projeto nas instalações do curso de agronomia da Unimontes, no Campus de Janaúba.
Fonte: Ascom/Fadenor
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