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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Serra Geral: Produtores devem ficar atentos à leptospirose bovina com aumento das chuvas

Imagem ilustrativa 

Segundo o último censo do IBGE, a microrregião da Serra Geral de Minas possui mais de 342 mil cabeças de gado. Desse total, cerca de 36 mil (10%) são de vacas ordenhadas, com produção de mais de 65 mil litros de leite. Entretanto, o produtor precisa ficar atento para os casos de leptospirose bovina, que aumentam neste período chuvoso. 

Na fase crônica da doença, a infecção causa abortamentos em vacas; e lesões renais em bovinos jovens e adultos, na fase aguda, que podem levar à falência renal e à morte dos animais. 

A leptospirose é causada pela bactéria Leptospira spp, transmitida aos animais pela ingestão de pastagem contaminada ou contato com água ou solo encharcado contaminados. 

Em condições de baixa umidade ambiental e incidência direta de raios solares, essa bactéria só permanece viva por 30 minutos. Já em condições de alta umidade e de pH neutro ou levemente alcalino, a Leptospira pode sobreviver por semanas ou meses. Em meio aquoso, ela é capaz de se locomover até encontrar um hospedeiro, por esse motivo a leptospirose bovina é mais frequente nesta época de chuvas.

Portanto, é recomendável fazer o diagnóstico de forma rotineira no rebanho em casos da presença da Leptospira spp nos animais de uma propriedade e também conhecer qual sorogrupo é predominante. Isso é feito por meio de exames de sangue.

Se o problema for a Leptospira transmitida por ratos, o pecuarista terá que fazer um controle mais eficiente de roedores, mantendo os ambientes limpos de restos de comida, uso de armadilhas, acondicionamento e proteção da ração em depósitos, higienização frequente das instalações, etc. Se a transmissão estiver ocorrendo entre os próprios bovinos, o produtor deverá buscar medidas que evitem a infecção, como redução e cercamento de áreas alagadas, vacinação e tratamento dos animais.

A vacinação contra a leptospirose não impede a infecção, mas reduz os sintomas. Quando necessária, essa medida de prevenção deve ser adotada no mínimo a cada seis meses. No entanto, dependendo da média mensal de casos de abortamentos no rebanho, essa aplicação deve ser realizada em intervalos menores, a cada quatro ou três meses. Além disso, como existe associação de leptospirose com a época chuvosa, é recomendado programar uma das vacinações para um mês antes do início desse período. Já o tratamento é feito com a aplicação do antibiótico estreptomicina.

Com informações da Embrapa

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