A Órigo Energia, antiga Empresa Brasileira de Energia Solar (Ebes), prevê investir cerca de R$ 250 milhões na construção de dez fazendas solares pelo País, no decorrer deste exercício. Desse montante, pelo menos R$ 50 milhões já foram destinados a Minas Gerais para a construção de duas unidades geradoras de energia fotovoltaica, voltadas para pequenas e médias empresas do Estado. Ao todo, a companhia possui três fazendas, todas em território mineiro.
“Todas elas se assemelham no perfil de clientes, basicamente representados por empresas de pequeno e médio portes, com destaque para sorveterias, mercados e farmácias, por exemplo. Todos buscam economia e consumo de energia a partir de uma fonte renovável”, explicou.
A primeira fazenda conta com um terreno de 2,5 hectares, tem potência de 1 megawatt-hora (MWh) e gera em torno de 170 mil kWh por mês. Já a segunda e a terceira possuem igualmente 20 hectares, 5 MWh de potência e geram em torno de 1 milhão de kWh por mês, cada.
Mercado atrativo
A ideia é popularizar o sistema e atender uma classe de empreendedores com pouca capacidade de investimento, para promover a economia de insumos. Da mesma forma, as regiões escolhidas para a implantação das fazendas têm a ver com o impacto social gerado. Tratando-se especificamente da escolha por Minas Gerais, a gerente de comunicação destacou o fato de o Estado ter uma das tarifas energéticas mais caras do País e a área de insolação disponível no território mineiro.
Conforme Tatiana Fischer, a fazenda de João Pinheiro possui 63 clientes e a segunda, 300. Esta última, inclusive, segundo ela, ultrapassou as expectativas da empresa em relação à demanda em 110%. Os empresários excedentes já estão sendo redirecionados à nova planta.
“A terceira fazenda já nasce com uma demanda existente. Por isso, estamos construindo e, ao mesmo tempo, comercializando os planos”, afirmou. Com a terceira unidade, a empresa irá somar capacidade para atender até 650 estabelecimentos.
É que a energia produzida nas fazendas é distribuída pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e pode ser consumida por empresas de todo o território atendido pela companhia. Os clientes podem aderir à iniciativa por meio de dois diferentes planos de assinatura. São eles: basic, no qual o diferencial é a própria energia limpa, e o plus, que, além da energia fotovoltaica, oferece a oportunidade de o cliente economizar sem maiores investimentos.
“O primeiro é uma opção para quem ainda não é familiarizado com este tipo de consumo, mas deseja utilizar fontes sustentáveis de energia; enquanto o segundo garante uma economia de até 10% na conta de energia e tem fidelidade associada”, explicou.
Fundada em 2010, a empresa desenvolve e implanta sistemas de energia fotovoltaica no Brasil e já instalou mais de 500 projetos e vendeu aproximadamente 11 MWp de energia no País.
Fonte: Diário do Comércio
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