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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Espinosense, ministra Cármen Lúcia condena o ex-presidente Jair Bolsonaro

Foto print: Eduardo Miranda
De origem Norte Mineira, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia Antunes Rocha, nasceu em Montes Claros e cresceu na cidade de Espinosa, onde cursou o ensino secundário no Colégio Estadual Dom Lúcio Antunes de Sousa. Em seguida, mudou-se para Belo Horizonte e se formou em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG).

Uma longa trajetória na carreira jurídica até a indicação para o cargo de ministra do Supremo Tribunal Federal, onde atua em julgamento histórico, que pune pela primeira vez um ex-presidente da República por tentativa de golpe de estado.

Por 4 votos a 1, a ministra e a maioria da Primeira Turma do STF condenaram ontem (11/9) o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e mais sete aliados na ação penal da trama golpista.

Cármen Lúcia iniciou seu voto ao lembrar de golpes passados e do perigo de uma ruptura institucional. "O que há de inédito nesta ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro na área das políticas públicas dos órgãos de Estado", declarou.

A ministra também afirmou que "a procuradoria fez prova cabal de que o grupo liderado por Jair Messias Bolsonaro, composto por figuras chave do governo, das Forças Armadas e de órgãos de inteligência, desenvolveu e implementou um plano progressivo e sistemático de ataque às instituições democráticas com a finalidade de prejudicar a alternância legitima de poder nas eleições de 2022, minar o exercício dos demais poderes constituídos, especialmente o Poder Judiciário".

Finalizou seu voto ao dizer que "o Brasil só vale a pena porque nós ainda estamos conseguindo manter o Estado Democrático de Direito e, todos nós, com as nossas compreensões diferentes, estamos resguardando isso. E só isso: o direito que o Brasil impõe que nós, como julgadores, façamos valer."

Assista a íntegra do voto de Cármen Lúcia no julgamento da Ação Penal 2668.

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