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A capacidade fotovoltaica instalada saltou de 3,6 GW em janeiro de 2024 para mais de 7 GW no início de 2025, um crescimento quatro vezes superior ao do Nordeste no mesmo período.
Problemas de Tensão e Clusterização Operacional
Segundo Alexandre Zucarato, diretor de Planejamento do ONS, a rápida expansão da geração solar concentrada nas subestações de Janaúba e Jaíba provocou problemas já conhecidos no Rio Grande do Norte, como riscos de colapso de tensão.
Para mitigar o problema, o ONS utiliza a clusterização, estratégia que distribui o corte de geração solar entre diversas unidades, evitando distorções no ponto de operação do sistema elétrico.
Zucarato alerta que o crescimento da geração superou o ritmo da expansão da infraestrutura de transmissão na região, o que agravou a necessidade de cortes preventivos.
Limitações do Uso de Sistemas Especiais de Proteção (SEPs)
Questionado sobre a adoção dos Sistemas Especiais de Proteção (SEPs), Zucarato explicou que essa estratégia tem eficácia limitada para conter o colapso de tensão. Os fenômenos ocorrem em dezenas de milissegundos, enquanto a latência de processamento e comunicação dos sistemas torna a resposta inadequada para a velocidade exigida.
Panorama e Desafios Futuros
O cenário evidencia a necessidade urgente de reforçar a malha de transmissão no Norte de Minas e de revisar a estratégia de expansão da geração renovável para evitar congestionamentos e limitações operativas.
O tema se soma às discussões mais amplas sobre o curtailment (corte de geração de energia solar) no Brasil, que deverá continuar como um desafio relevante para a gestão do sistema elétrico em 2025.
Fonte: Futtura Energy
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