Segundo o presidente da associação quilombola Arapuim, Valdomiro Alves da Silva, no último dia 19 de janeiro, nove homens, afirmando serem da Polícia Militar, chegaram até o acampamento quilombola na Fazenda Morro Preto, em Verdelândia, e atiraram nos acampados deixando 13 pessoas feridas. Destes, dois continuam hospitalizados. Valdomiro acrescentou que tudo o que eles tinham foi incendiado e as plantações foram destruídas.
O líder quilombola José Carlos de Oliveira Neto, afirmou que, no dia 9 de janeiro deste ano, foi alvo de três tiros dados por um funcionário do dono da fazenda Brejo dos Criolos. De acordo com ele, o proprietário da fazenda é prefeito de Varzelândia e utilizou um veículo da prefeitura para realizar o atentado. José Carlos disse ainda que tentou registrar um Boletim de Ocorrência sobre a tentativa de homicídio, o que foi negado pelos policiais. Ele apenas conseguiu o registro após entrar em contato com autoridades que obrigaram os agentes locais a fazerem o registro.
Além dos relatos dos dois líderes quilombolas, outras oito pessoas apresentaram os ferimentos sofridos durante os dois ataques.
Intervenção da Força Nacional
A representante da Fundação Palmares, Dora Bertúrio, afirmou que é necessária a intervenção da Força Nacional para a garantia da segurança das comunidades já que há denúncias de que policiais militares estão atuando como “jagunços” dos proprietários das fazendas ocupadas. Ela ainda defendeu que as denúncias relacionadas a esses e outros crimes contra quilombolas sejam investigadas pela Polícia Federal.
Imprensa/ALMG
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