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domingo, 30 de dezembro de 2012

Imposto igual, mas concorrência desleal

Cidades do Norte de Minas apresentam baixo índice de competitividade no Estado

O reflexo da carga tributária é o mesmo que em Belo Horizonte. A dificuldade de encontrar mão de obra qualificada também. Mas, quando o assunto passa a ser infraestrutura, performance econômica, quadro social, eficiência dos negócios e capacidade de alavancagem das empresas, cidades como Bonito de Minas, no Norte do Estado, ficam muito menos competitivas. O peso da falta de saneamento básico, de estradas asfaltadas e de estruturas financeiras na vida dos empresários locais, que "molham a camisa" diariamente para manter as portas abertas.

O quadro revelado pelo Índice de Competitividade, calculado anualmente pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), aponta realidades antagônicas no Estado. Enquanto alguns municípios se mostram verdadeiros paraísos para os empresários, com todo o aparato necessário para se abrir um negócio, outras cidades não possuem nem mesmo estradas para transportar mercadorias.

Bonito de Minas, cidade que apresentou o pior índice de competitividade dentre os 853 municípios mineiros, é um exemplo de lugar sem a infraestrutura adequada para se investir na abertura de novos negócios. Com uma população de 9.812 habitantes, o município possui uma renda média mensal per capita de R$ 270,83, conforme informações do Censo 2010. Para se ter uma ideia, 36,2% das casas nem sequer possuem água encanada, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Na outra ponta, a uma distância de 650 quilômetros de Bonito de Minas, está Belo Horizonte, classificada como a cidade com o melhor índice de competitividade. Com toda a estrutura de uma capital de estado, BH apresenta uma renda média per capita de R$ 1.493,21, quase seis vezes mais que a de Bonito de Minas. Reflexo de maior nível de emprego, escolaridade e investimentos por parte da iniciativa pública e privada.

Ao lado de Bonito de Minas, com uma avaliação negativa, ficaram municípios como Frei Lagonegro, no Vale do Rio Doce; Monte Formoso, no Vale do Jequitinhonha; Santo Antônio do Retiro e São João das Missões, no Norte. Todas as cinco cidades tiveram o nível de competitividade classificado como muito baixo. Já dentre as que se destacaram positivamente ficaram Uberlândia, no Triângulo Mineiro; Nova Lima, na RMBH; e Juiz de Fora, na Zona da Mata.
Diário do Comércio

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