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Acervo/ICMBio |
A mobilização partiu das comunidades de Córregos, Poções e Peixe Bravo, localizadas nos municípios de Riacho dos Machados, Serranópolis de Minas e Rio Pardo de Minas, cujo modo de vida é baseado na agricultura familiar, criação de animais e cultivo de frutos silvestres, como o pequi, a mangaba e o coquinho.
Os territórios são compostos predominantemente pelo bioma Cerrado, que, apenas entre agosto e novembro de 2024, teve 67,5 km² de desmatamento ilegal no estado. Além disso, a região sofre com a ameaça da chegada da atividade minerária e do cultivo de eucalipto.
Segundo o biólogo e membro da direção nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), Luiz Paulo Siqueira, "a criação da RDS é uma necessidade, frente a esse cenário de crise ambiental, ainda mais no Cerrado, que tem sido o bioma mais impactado nacionalmente. A reserva será um instrumento que vai potencializar políticas públicas de fomento à agricultura camponesa, aliando a proteção ambiental e os modos tradicionais de manejo do Cerrado com melhorias na condição de vida do povo".
Para Joeliza Aparecida de Brito Almeida, residente da comunidade Córregos, na zona rural de Riacho dos Machados, agricultora familiar e membro do STR e do CAA, "podemos ter o território protegido e também atuar em busca de políticas públicas que tragam a defesa da continuidade do modo de vida das comunidades, evidenciando que o povo existe, mas também buscando alternativas de desenvolvimento".
Reservas de uso sustentável
As RDS são áreas naturais de domínio público que abrigam populações tradicionais, que dependem de formas sustentáveis de utilização dos recursos naturais. O intuito da criação das reservas é proteger a natureza, ao mesmo tempo em que se assegura a garantia dos modos e da qualidade de vida das comunidades.
Com informações do Brasil de Fato
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