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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O que faz o vereador?

Câmara Legislativa de Porteirinha
(Por João Baptista Herkenhoff*) No próximo domingo, 7 de  outubro, o povo brasileiro elegerá, em cada município, o prefeito, o vice-prefeito e os vereadores.

Este artigo, elaborado poucos dias antes do pleito, parece-me assim bastante oportuno. Acresce que 1º de outubro é o Dia Nacional dos Vereadores. Essa efeméride reforça a boa inspiração de tentar responder, por meio destas linhas, a pergunta que dá título ao artigo.

Quase sempre os cidadãos têm consciência da importância de votar bem na escolha do chefe do Poder Executivo local. Mas é comum não se prestar muita atenção em que é o vice-prefeito do candidato escolhido. Também é frequente não se cuidar muito bem da escolha do vereador.

O vice-prefeito é o substituto do prefeito, não somente nos impedimentos eventuais, como no caso de sucessão por vacância do cargo. Inúmeros vices têm tido ascensão efetiva aos mandatos, nos municípios, nos Estados e até mesmo em nível federal.

Ao votar no candidato a prefeito, o eleitor sufraga, automaticamente, o vice que o acompanha. Se o vice         não merece de modo algum a indispensável confiança, o certo é escolher a dupla (prefeito e vice) que mereça o crédito cívico.

Quanto aos vereadores, integram a Câmara Municipal, ou seja, desempenham a função de Poder Legislativo, no âmbito local.

O Município é a célula fundamental da vida cidadã.

Da mesma forma que o tão popular violão é uma caixa de ressonância que recolhe as vibrações da corda para amplificá-las, a Câmara Municipal deve ser a caixa de ressonância da cidadania. Ouvir o povo e amplificar a voz do povo é tarefa que a justifica e engrandece.

Os vereadores têm relevante papel dentro da comuna. Discutem e votam as leis municipais, elaboram o orçamento, fiscalizam as contas dos prefeitos, devem cuidar de tudo que interessa à coletividade.

Ninguém está mais perto do povo que o vereador.

Não digo que o vereador deva ser, necessariamente, um intelectual, um douto, mas é bastante aconselhável que tenha um certo discernimento para desempenhar corretamente sua função.

Não se pode conceber, por exemplo, que um vereador desconheça a Lei Orgânica do seu Município, pois esta lei tem a força de uma verdadeira Constituição Municipal.

Parece-me que agem com sabedoria aqueles municípios que promovem um treinamento dos respectivos vereadores, depois de eleitos, antes do início da legislatura. Melhor ainda se fossem submetidos a treinamento os candidatos, levando-se ao conhecimento público o nome daqueles que, com humildade, aceitassem ser treinados. Esta última proposta, contudo, é inexequível para o pleito que se avizinha.

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