Ouça a reportagem publicada nesta segunda-feira (29) na Radioagência NP.
http://www.radioagencianp.com.br/sites/ranp/imagens/251012empresa.mp3
A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) expulsou quatro famílias das terras onde viviam, na Vila dos Goianos, em Nova Porteirinha. A denúncia foi realizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
As ações de despejo iniciaram há duas semanas e ameaçam centenas de famílias, segundo a organização. Por outro lado, a Codevasf alega que os moradores estão dentro da Área de Preservação do Canal de Irrigação do Projeto Gorutuba.
Os relatos são de que os policiais, sob ordem judicial, chegaram ao local e ordenaram que os moradores retirassem seus pertencentes para a derrubada das casas. Àqueles que resistiram tiveram o serviço feito pelos próprios policiais. Edinalza Borges, militante do MAB, que esteve no local, descreve a situação dos moradores.
“A gente via lágrimas descerem nos olhos e as pessoas falarem: ´estou em uma luta aqui, há dezesseis anos eu moro aqui’. Outros já têm 20 anos [no local], e diziam: ‘eu construí isso aqui com suor e sangue, muito sacrifício e agora ver tudo no chão e eu não sei para onde ir.”
O integrante do MAB, Thiago Alves, questiona o procedimento da empresa e a legalidade da ação.
“É a forma como foi feita o povo não foi avisado previamente, algumas famílias nem sabiam que tinham perdido a ação na Justiça. Porque essa discussão já se arrasta há anos. Além do argumento da área preservação ambiental, nós queremos discutir isso, se de fato está numa área de preservação e se há necessidade de expulsar essas famílias.”
O Projeto Gorutuba, de 1978, tinha o objetivo de promover o desenvolvimento regional por meio da irrigação para pequenos agricultores. No entanto, o projeto passou a prestar serviço para as grandes monoculturas.
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Foto: Eduardo Gomes |
As ações de despejo iniciaram há duas semanas e ameaçam centenas de famílias, segundo a organização. Por outro lado, a Codevasf alega que os moradores estão dentro da Área de Preservação do Canal de Irrigação do Projeto Gorutuba.
Os relatos são de que os policiais, sob ordem judicial, chegaram ao local e ordenaram que os moradores retirassem seus pertencentes para a derrubada das casas. Àqueles que resistiram tiveram o serviço feito pelos próprios policiais. Edinalza Borges, militante do MAB, que esteve no local, descreve a situação dos moradores.
“A gente via lágrimas descerem nos olhos e as pessoas falarem: ´estou em uma luta aqui, há dezesseis anos eu moro aqui’. Outros já têm 20 anos [no local], e diziam: ‘eu construí isso aqui com suor e sangue, muito sacrifício e agora ver tudo no chão e eu não sei para onde ir.”
O integrante do MAB, Thiago Alves, questiona o procedimento da empresa e a legalidade da ação.
“É a forma como foi feita o povo não foi avisado previamente, algumas famílias nem sabiam que tinham perdido a ação na Justiça. Porque essa discussão já se arrasta há anos. Além do argumento da área preservação ambiental, nós queremos discutir isso, se de fato está numa área de preservação e se há necessidade de expulsar essas famílias.”
O Projeto Gorutuba, de 1978, tinha o objetivo de promover o desenvolvimento regional por meio da irrigação para pequenos agricultores. No entanto, o projeto passou a prestar serviço para as grandes monoculturas.
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